Câncer de mama: como se cuidar

Dr. Angelo Bannack

Atualizado há 9 meses

O câncer de mama é o principal tipo de tumor em mulheres. Por isso a importância do Outubro Rosa, o mês de conscientização para a detecção precoce desse tipo de câncer.

Neste artigo você vai saber tudo sobre o rastreio e o diagnóstico do câncer de mama, bem como sobre as origens do Movimento Outubro Rosa. No final vai entender o que é a classificação BIRADS, extremamente importante para o acompanhamento do câncer de mama, e também saber quando fazer as mamografias e em que situações procurar ajuda.

Boa leitura.

O movimento Outubro Rosa

A americana Nancy G. Brinker prometeu à sua irmã, Susan, que faria tudo o que estivesse ao seu alcance para acabar com o câncer de mama. Susan morreu em 1980 em decorrência da doença. Dois anos depois, essa promessa tornou-se a organização Susan G. Komen, dando início a um movimento global.

Em 1990 a organização Komen realizou a primeira edição da Corrida pela Cura em Nova York. Nessa corrida foram distribuídos laços rosas aos participantes. A corrida ocorre anualmente até hoje.

No Brasil as campanhas de conscientização acontecem desde 2002 pelo menos, com a iluminação do monumento Mausoléu do Soldado Constitucionalista (mais conhecido como o Obelisco do Ibirapuera), situado em São Paulo-SP. Essa iniciativa foi de um grupo de mulheres simpatizantes com a causa do câncer de mama, que com o apoio de uma empresa de cosméticos iluminaram de rosa o Obelisco do Ibirapuera em alusão ao Outubro Rosa.

No ano de 2018 foi criada a lei federal 13.733 que incentiva atividades para a conscientização sobre o câncer de mama entre elas a iluminação de prédios e monumentos públicos com a cor rosa e a promoção de palestras e eventos educativos.

O que é o câncer?

Para entender o câncer, é importante entender as células que formam nosso corpo. Existe uma infinidade de tipos de células, cada uma com uma função específica. Tem célula responsável por formar nossos músculos. Outras para formar nosso sistema de defesa. Várias servem para formar o sangue e seus compostos. O cérebro, os ossos, os olhos, a pele: tudo é formado por células.

Apesar de muito diferentes, em comum as células compartilham a capacidade de se multiplicar, porém em velocidades diferentes.

Seu cabelo e sua unha crescem, pois, as células se multiplicam. Quando você é atacado por um vírus – da gripe por exemplo, as células de defesa se multiplicam para criar novos soldados aliados para combater o inimigo: os anticorpos. Uma criança cresce, pois, as células do seu corpo se multiplicam.

O câncer acontece quando alguma dessas células começa a se multiplicar de forma desordenada, mais rápido do que o esperado. Isso pode acontecer devido ao cigarro, à exposição solar, radiação, questões genéticas ou inúmeras outras causas.

De uma forma simplificada, o câncer nada mais é do que a multiplicação desordenada de alguma célula do corpo.

Esse crescimento desordenado pode dar origem a células diferentes da original, formando feridas ou nódulos no local de origem do tumor.

O que é a metástase?

Quando as células de um tumor se diferenciam muito da célula original, elas podem acabar se desprendendo do local de origem e indo para a corrente sanguínea.

Se por algum motivo essas células de câncer conseguirem viajar pelo sangue e se ligarem em algum outro órgão do corpo, diferente do que a originou, e começar a se multiplicarem nesse novo local, isso dá origem ao que a gente chama de metástase.

A metástase é quando o tumor se espalha para outra parte do corpo diferente da que o deu origem.

Quando uma célula cresce localmente, mas não tem a capacidade de produzir metástase, a lesão normalmente recebe o nome de benigna. Já qualquer lesão que tenha capacidade de formar metástase é chamada de maligna.

Particularidades do câncer de mama

Excluído os tumores de pele do tipo não melanoma (CBC, CEC e outros) o câncer de mama é o principal tipo de câncer nas mulheres, correspondendo a 30% de todos os tipos de cânceres.

No mundo são cerca de 2 milhões de caso por ano. No Brasil são estimados mais de 66 mil casos anualmente.

Nos países que adotam um rastreio efetivo do câncer de mama, o câncer é normalmente detectado em exames alterados de mamografia, antes de qualquer tipo de sinal ou sintoma.

Nas mulheres que não fazem mamografia periodicamente, o câncer de mama pode ser suspeitado pela presença de um nódulo no seio ou na axila.

Como é feito o diagnóstico do câncer de mama

O câncer de mama não costuma dar sinais no início da doença e, por isso, o ideal é fazer o rastreio periódico com a mamografia para verificar a presença de algum nódulo ou alteração imperceptível a olho nu e ao toque.

Mas é claro que na presença de qualquer caroço no seio ou na axila, um médico precisa ser consultado. Os principais sinais de alerta incluem:

  • Presença de nódulo móvel e de consistência macia em uma das mamas e que permaneçam por mais de um ciclo menstrual em mulheres com mais de 30 anos.
  • Nódulo mamário de consistência endurecida e fixa e que venha aumentando de tamanho em mulheres de qualquer idade.
  • A presença de alteração na forma ou tamanho da mama.
  • Alterações no mamilo, sendo que normalmente ele era para fora e de repente está repuxado para dentro.
  • Saída de secreção dos mamilos, principalmente na presença de sangue.
  • Qualquer alteração na pele, seja de cor ou de textura, ou ainda o aparecimento de manchas.
  • Presença de feridas que não cicatrizam.

Hoje em dia não há mais a recomendação formal de realização do autoexame das mamas. Isso porque a maioria dos tumores são detectados precocemente com as mamografias periódicas e o autoexame só é capaz de detectar lesões maiores e em estágio mais avançado.

Porém, nada impede que você realize a inspeção. Mas isso é principalmente para você conhecer o seu corpo e facilitar descobrir qualquer alteração nas mamas que eventualmente venham a ocorrer.

Como o médico avalia as mamas?

Em caso de qualquer sinal suspeito nas mamas ou axilas o médico vai primeiro inspecionar as mamas visualmente, com a paciente sentada, procurando avaliar alterações de formato, tamanho ou assimetria das mamas.

Para fazer isso o médico vai pedir para você colocar as mãos na linha da cintura e também atrás da cabeça, de forma a procurar sinais de retração ou alterações de formato. Se uma mama está mais baixa do que a outra, ou com formato diferente, isso pode ser um indicativo da necessidade de uma investigação mais apurada.

Depois disso, o médico vai palpar as axilas de forma profunda para tentar sentir algum nódulo, caroço ou dor. Só então é que a mulher é colocada em posição deitada e as mamas são palpadas em toda sua extensão na procura de massas ou alterações.

O médico vai também avaliar se há saída de algum tipo de secreção pelos mamilos, pressionando as mamas contra as mãos.

Se durante o exame das mamas o médico verificar a presença de algum caroço nas mamas ou axilas, ou ainda a saída de sangue ou secreção suspeita dos mamilos, ele poderá pedir exames de investigação, sendo a mamografia e o ultrassom das mamas os mais indicados, mas eventualmente a ressonância magnética também pode ser empregada ou outros.

Como fazer o rastreio do câncer de mama?

Apenas o fato de envelhecer já aumenta as chances de desenvolver câncer de mama. E por isso há a recomendação de se fazer exames de rastreio periódicos para avaliar a presença de alterações nas mamas, antes que elas se tornem um nódulo palpável ou metastático.

A recomendação pela Sociedade Brasileira de Mastologia é a de iniciar o rastreio de câncer de mama com a mamografia realizada todos os anos a partir dos 40 anos de idade.

Já o Ministério da Saúde (MS) e o Instituto Nacional do Câncer (INCA) preconizam que o rastreio seja iniciado a partir dos 50 anos e repetido a cada 2 anos, mantendo o rastreio até os 69 anos. O MS e o INCA deixam claro que o rastreio a partir dos 40 anos pode ser feito em casos selecionados, como por exemplo de familiares de primeiro grau com câncer de mama em idade precoce.

Por sua vez a Força-Tarefa de Saúde Preventiva dos Estados Unidos (USPSTF) recomenda o rastreio bianual do câncer de mama para todas as mulheres entre 50 e 74 anos de idade.

E quando então fazer os exames de rastreio?

Diante da falta de consenso, gerada por inúmeros estudos científicos, pode ficar difícil saber quando fazer a mamografia de rastreio.

Os riscos de rastreios muito precoces (com idade mais jovem) são a de sobrediagnóstico, gerando expectativas e ansiedades, além de tratamentos às vezes desnecessários e nocivos. Quando o médico acaba fazendo mais mal do que bem, seja por excessos de exames ou procedimentos nocivos, estamos diante de um caso de iatrogenia.

Por isso, o período comum entre 50 e 69 anos e de forma bianual parece ser uma boa recomendação.

Porém, converse com seu médico para saber se você não pode se beneficiar de outra estratégia, com rastreios iniciados mais precocemente e mais frequentes.

A decisão de quando parar de rastrear também deve ser individualizada, baseada em doenças existentes e na expectativa de vida da mulher.

Mamografia

A mamografia é o exame de rastreio para mulheres que não tenham nenhum sinal nas mamas ou nenhuma suspeita de câncer. Ela consiste em duas radiografias de cada mama. As mamas são pressionadas por duas placas de forma a homogeneizar os tecidos mamários e criar um padrão, o que torna mais simples para o radiologista de reconhecer eventuais alterações.

Devido a essa pressão, o exame pode eventualmente causar dor temporária nas mamas em algumas mulheres. Mas é algo passageiro e que some sem deixar vestígios.

Uma vez feito a mamografia, um radiologista irá avaliar as imagens e emitirá um laudo que deverá ser levado para o médico que a acompanha.

Ultrassonografia das mamas

A ultrassonografia das mamas é normalmente utilizada como complemento à mamografia (no caso de alguma alteração encontrada na mamografia) ou então para avaliar algum nódulo palpável encontrado na mama.

Ela utiliza ondas sonoras e consegue diferenciar se um nódulo tem conteúdo líquido ou sólido.

Normalmente, conteúdos líquidos, descritos como nódulos hipoecóicos ou hipoecogênicos, costumam ter relação com alterações hormonais e tendem a regredir. Porém mesmo nestes casos convém fazer um acompanhamento periódico com seu médico, que dependendo de outras informações (formato e tamanho do nódulo, sintomas, dor, velocidade de crescimento, entre outros), pode acabar necessitando de outros exames como por exemplo uma biópsia.

Já os nódulos hiperecóicos ou hiperecogênicos são nódulos de conteúdo provavelmente sólidos e que na maioria das vezes precisam ser investigados com biópsia.

Biópsia por punção aspirativa por agulha

No caso de qualquer lesão suspeita nas mamas, o exame de escolha para entender melhor o que está acontecendo é a biópsia.

Ela normalmente é realizada com a ajuda de uma agulha fina ou grossa (dependendo do caso). Essa agulha é introduzida na mama guiada por ultrassom para obter uma pequena amostra do nódulo.

O exame é realizado com anestesia local e normalmente não requer sedação.

As amostras obtidas são então enviadas para um laboratório para serem estudadas por um patologista. O patologista dará um laudo informando se os achados são benignos ou malignos. E isso irá guiar o tratamento e o acompanhamento da lesão.

Biópsia cirúrgica

Em casos de lesões malignas ou muito suspeitas, é possível que o médico proponha a remoção cirúrgica de parte da mama, de forma a permitir realizar uma biópsia mais apurada, sendo inclusive parte do tratamento do câncer.

Na cirurgia, eventualmente outros nódulos, especialmente das axilas, podem ser removidos para serem avaliados.

O tecido removido na cirurgia é então enviado para um patologista para realizar uma avaliação. O principal objetivo da cirurgia é eliminar toda e qualquer célula cancerígena e também avaliar o grau de malignidade da lesão.

Se porventura o patologista detectar que existem células tumorais muito próximas do corte da lesão, isso é entendido de que as margens da cirurgia foram comprometidas e o cirurgião pode propor uma nova cirurgia, tirando mais parte da mama ou propondo tratamentos com quimioterapia e/ou radioterapia.

O que é o BIRADS?

Para estudar a evolução do câncer de mama e padronizar o tratamento, foi criada em 2003 pelo Colégio Americano de Radiologia (ACR) uma escala chamada de BIRADS. BIRADS é o acrônimo em inglês para Relatório de Imagens Mamárias e Sistema de Dados.

A escala era utilizada inicialmente apenas para classificar os achados da mamografia, mas atualmente evoluiu para classificar os achados nos demais exames relacionados ao câncer de mama.

A escala divide os achados nos exames em 7 categorias:

  • BIRADS 0 – INCOMPLETO: É um exame inconclusivo. O examinador não conseguiu avaliar o resultado do exame, talvez porque o exame tenha sido mal realizado, ou por algum deslocamento do corpo no momento da radiografia. Normalmente indica que a mamografia precisa sere repetida ou que outros exames são necessários.
  • BIRADS 1 – NEGATIVO: Não foram encontradas nenhuma alteração. É um exame completamente normal. Nenhum exame adicional é necessário e uma nova mamografia de rastreio deve ser repetida em 1 ou 2 anos conforme a estratégia escolhida.
  • BIRADS 2 – BENIGNO: Foram encontrados achados, mas estes são benignos, sem potencial para causar câncer. Deve-se continuar com os rastreios da mesma forma que no BIRADS 1.
  • BIRADS 3 – PROVAVELMENTE BENIGNO: Foi encontrado um achado provavelmente benigno, mas que convém complementar a investigação normalmente com um ultrassom das mamas ou com uma nova mamografia mais precoce, usualmente em 6 meses.
  • BIRADS 4 – SUSPEITO: Foram encontrados achados suspeitos e que necessitam de reavaliação. Neste caso normalmente é indicada uma biópsia com agulha da lesão (punção aspirativa). Dependendo do resultado da biópsia a lesão pode ser reclassificada em BIRADS 2 ou indicar uma biópsia cirúrgica. A classificação BIRADS 4 se subdivide em tipos a, b e c, cada um indicando uma probabilidade de malignidade.
  • BIRADS 5 – ALTAMENTE SUGESTIVO DE MALIGNIDADE: Os achados demostram alta probabilidade de câncer e nesse caso costumam indicar uma biópsia cirúrgica da lesão.
  • BIRADS 6 – MALIGNO: É quando há a comprovação do câncer, mas o paciente ainda não fez nenhum tratamento para removê-lo.

A classificação BIRADS é de certa forma dinâmica. Isto é, uma vez classificado um achado num exame, outro exame pode ser necessário e a lesão ganha uma nova classificação, que pode ser tanto para cima quanto para baixo.

Como se determina o tipo de tratamento do câncer de mama?

Uma vez feito o diagnóstico do câncer de mama, as principais dúvidas que precisam ser respondidas são:

  1. Qual o envolvimento da lesão na mama?
  2. O câncer se espalhou para outra parte do corpo, fora da mama? Ou seja: existe metástase?

Para estudar o envolvimento da lesão, os resultados da biópsia (seja ele aspirativa ou cirúrgica) bem como os dados da mamografia e ultrassonografia são necessários. Isto vai permitir classificar a lesão de acordo com a escala BIRADS e determinar o melhor tratamento.

Para avaliar se existe metástase o médico vai avaliar eventuais sintomas em outras partes do corpo, principalmente dores ou alterações em algum local ou exames de sangue alterados. Além disso pode solicitar um exame de imagem do corpo todo para avaliar a presença de células tumorais em outros locais.

Os exames escolhidos costumam ser a tomografia computadorizada (TC), cintilografia óssea ou a tomografia por emissão de pósitrons (PET).

Cada exame desses tem suas particularidades e o médico saberá qual solicitar para o seu caso.

Como é feito o tratamento do câncer de mama?

Uma vez classificado e entendido o tumor, é necessário removê-lo. Isto pode ser feito com cirurgia e/ou com medicações.

O mastologista irá discutir e propor o melhor método para seu caso:

  • Cirurgia:
    • Mastectomia parcial: neste caso apenas a parte da mama que contém o tumor é removida. Ela é também chamada de quadrantectomia ou setorectomia.
    • Mastectomia total: é quando toda a mama é removida. Em muitos casos a pele e o mamilo também é removida.
    • Mastectomia radical: Além do tecido mamário, alguns músculos da região do peito também são retirados, assim como parte dos linfonodos (locais de defesa do corpo) existentes nas axilas. No passado era a cirurgia mais comum para o tratamento de câncer de mama. Atualmente é reservada para casos mais graves ou com descoberta tardia.
    • Existe ainda a mastectomia preventiva reservada para casos muito específicos e individualizados quando não se tem a presença do câncer de mama, porém se encontram mutações no corpo da mulher que possam aumentar em muito as chances de se ter um câncer de mama no futuro.
  • Radioterapia: Várias sessões de ondas ionizantes que destroem as células cancerígenas. Pode ser realizada antes da cirurgia para diminuir o tumor, ou após para eliminar células que não puderam ser removidas durante a cirurgia.
  • Quimioterapia: São medicamentos utilizados para matar as células cancerígenas assim como na radioterapia. Também pode ser usada antes ou depois da cirurgia. A quimioterapia normalmente não tem um alvo muito específico e acaba fazendo com que boa parte das células do corpo diminuam sua velocidade de duplicação. A ideia é frear o câncer e fazê-lo desaparecer por completo. Como consequência desse freio geral no corpo, o cabelo e os pelos do corpo podem cair também.
  • Terapia hormonal: Alguns tumores crescem pelo estímulo hormonal e por isso existem medicamentos que podem ajudar a combater justamente estes tipos.
  • Outros: Existem medicamentos que atuam especificamente contra tipos particulares de tumores. Além disso, uma área promissora é a da terapia genética, em que células do seu próprio corpo são alteradas para ajudar a eliminar o câncer. A terapia genética ainda está em fases de estudos, mas é algo que se espera que tenha um grande impacto positivo na saúde nos próximos anos.

E o que acontece depois do tratamento do câncer de mama?

Depois do tratamento, você precisará fazer acompanhamento médico regular e exames periódicos, incluindo mamografias entre outros.

Isto é importante para se ter certeza de que o câncer foi eliminado e que ele não voltou.

Costuma-se utilizar uma linha de corte de 5 anos de acompanhamento, indicando que depois desse tempo sem o tumor, considera-se a cura definitiva do câncer.

Em muitos casos é necessário fazer novas cirurgias para a reconstrução da mama removida, ou então para a colocação de próteses em casos de mamas parcialmente removidas. O médico que a acompanha indicará o melhor momento para isso.

Quando procurar um médico?

Na presença de qualquer sintoma ou nódulo suspeito, um médico deverá ser consultado.

O especialista dedicado a tratar das lesões de mama é o mastologista. Mas o diagnóstico inicial e o acompanhamento de rotina da saúde da mulher, incluindo as mamografias periódicas pode ser feita com um médico de família ou ginecologista.

Não faz parte do aprendizado e do foco do clínico geral o acompanhamento da saúde da mulher, mas eventualmente alguns se interessam e aprendem a realizar tais cuidados.

Conclusão

O câncer de mama é o principal tipo de tumor que afeta as mulheres. O outubro rosa é um movimento mundial que surgiu justamente para chamar a atenção para essa grande prevalência. É importante fazer o rastreamento periódico do câncer de mama, com exames de mamografia. O exame é recomendado para todas as mulheres a partir dos 50 anos, ou antes em alguns casos. Ele deve ser repetido a cada um ou dois anos. Uma vez detectada alguma lesão suspeita, outros exames podem ser necessários para se fazer o diagnóstico definitivo. O tratamento do câncer de mama consiste em cirurgia, quimioterapia, medicamentos e radioterapia. O acompanhamento médico após o tratamento é necessário com consultas e exames regulares. Isso é normalmente feito por pelo menos 5 anos. Na presença de qualquer sintoma nos seios, como nódulos palpáveis, saída de secreção pelos mamilos ou alterações no formato das mamas, um médico deve ser consultado.

Se ficou com qualquer dúvida comente aqui ou nas redes sociais.

Não deixe de ler também meu artigo sobre a detecção e o rastreio do câncer de colo de útero, tumor esse também muito prevalente entre as mulheres.

Um forte abraço.

Dr. Angelo Bannack - Médico de Família

Dr. Angelo Bannack

Sou um médico que gosta de escrever, curte tecnologia e que valoriza a ciência como o caminho para a nossa evolução. Como médico de família, atendo em meu consultório particular em Curitiba e em consultas domiciliares, ajudando as pessoas a manterem-se saudáveis, com check-ups regulares, orientações e contribuindo no processo de diagnóstico e tratamento da grande maioria dos problemas de saúde.

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